domingo, 21 de novembro de 2010

Socialistas cerram fileiras

A Comissão Política da Federação Distrital do PS de Évora reuniu esta semana no Évora Hotel para eleger os seus órgãos executivos e analisar a situação política actual.
Foi com severidade que Capoulas Santos, Presidente da Federação do PS/Évora, abriu os trabalhos, criticando a posição dos partidos políticos da oposição, em particular o PSD, que adjectivou de «cinismo político e calculismo eleitoral» em torno da questão orçamental.
A generalidade das intervenções reforçou o apoio ao Primeiro-Ministro e ao Governo, voltando os socialistas a demarcarem-se do PSD, a quem acusam de colocar os interesses partidários à frente do interesse nacional, por terem adiado a decisão de viabilizar o Orçamento para 2011, o que tem implicado custos pesados aos portugueses.
Várias intervenções sublinharam ainda inquietação em relação aos eventuais atrasos na concretização de projectos que consideram da maior relevância para o Distrito como o Hospital Distrital de Évora ou a Alta Velocidade (TGV).
Capoulas Santos apontou ao PSD a responsabilidade desses eventuais atrasos afirmando que «toda a gente sabe que o PSD quer travar todo o investimento público no País e todos os alentejanos saberão de quem é a responsabilidade se não viermos a ter o Hospital Distrital de Évora e o TGV, que tanto precisamos para o nosso desenvolvimento». Houve quem recordasse que o PSD de Évora tinha mesmo declarado ser contra o TGV durante a campanha das autárquicas.
A reunião terminaria com um voto de congratulação pelo arranque das obras de construção das fábricas da EMBRAER, porventura «o maior projecto estruturante para a região depois da Barragem de Alqueva», como lhe chamou o Presidente da Distrital dos socialistas.

Em: http://capoulassantospsevora.wordpress.com/

Tal como foi referenciado antes, também nesta primeira reunião da Comissão Política Distrital foram eleitos, a Mesa da Comissão Política Distrital e o Secretariado Executivo da Federação, ficando os mesmos assim constituídos:
MESA DA COMISSÃO POLÍTICA DISTRITAL
Presidente – Norberto Patinho
Secretários – Margarida Projecto Félix e António Luís dos Santos
Inerentes – Luís Capoulas Santos e Vítor Martelo

SECRETARIADO DA FEDERAÇÃO
Fernanda Ramos, Francisco Costa, Martinho Murteira, José Oliveira, Nazaré Lança, José Bravo Nico, José Gazimba Simão, Paula de Deus, Ana Duarte, António Serrano, Carlos Zorrinho, Henrique Troncho, João Nabais, José Fateixa, Rosa Matos, Rui Rosado
Inerentes

Cristina Barrenho (Mulheres Socialistas) e Carlos Bacalhau (Juventude Socialista)
Convidados Permanentes
Ângelo Sá, Bernardino Bengalinha Pinto, José Ernesto Oliveira, José Gabriel Calixto, José Santinha Lopes, Luís Caldeirinha Roma, Norberto Patinho

XIV Congresso da Federação de Évora do PS realizou-se em Viana do Alentejo

«Um evento historicamente participado para o desenvolvimento do distrito e da região»
«Força do Progresso» foi o lema do XIV Congresso da Federação de Évora do PS que decorreu, no passado dia 23 de Outubro do corrente, no Cineteatro Vianense, em Viana do Alentejo.
Num evento historicamente participado, foi apresentada e submetida a votação a moção estratégica de Capoulas Santos, recentemente eleito presidente da distrital, tendo sido aprovada por unanimidade.
Com a moção «Connosco, o Alentejo conta», Capoulas Santos revelou as principais linhas orientadoras para o futuro, definindo duas prioridades políticas: o crescimento da economia e do emprego e a preservação do carácter público das políticas sociais. Contudo, para que tal seja concretizado, apresentou cinco instrumentos determinantes como: a existência de um governo socialista em Portugal; uma governabilidade estável; a regionalização; um poder autárquico forte e, por fim, um PS mobilizado, actuante e aberto.
Para além desta moção global, os congressistas apresentaram 12 moções sectoriais, nas temáticas do turismo, eleições presidenciais, poder local, escola pública, paridade e o papel da mulher na vida pública e regionalização.
Deste congresso saíram algumas ideias-chave como: «um Alentejo capaz de fixar os jovens, felizmente cada vez mais qualificados; um Alentejo com um património natural e cultural preservado e divulgado; um Alentejo cuja “marca” seja reconhecida nacional e internacionalmente; que detenha uma agricultura moderna e mais competitiva, com uma qualidade crescente e com uma agro-indústria de vocação exportadora; com clusters como a indústria aeronáutica, o turismo e as energias renováveis geradoras de emprego, fomentando uma economia competitiva; um Alentejo de prosperidade e qualidade de vida para os seus cidadãos; capaz de garantir a todos os seus cidadãos cuidados de saúde adequados, através da conclusão prevista do Novo Hospital em 2013, como também de uma rede de cuidados primários e continuados instalados no território, com critérios de racionalidade e eficácia; um Alentejo que continue a investir na educação e que estime e cuide dos seus idosos.»
No final do evento político, foram apresentadas e aprovadas as listas candidatas aos órgãos federativos tendo sido eleitos 81 membros efectivos e 82 membros suplentes.
A Concelhia de Alandroal do Partido Socialista, viu reforçada a sua representação na Comissão Política Distrital da Federação de Évora do PS, nomeadamente através da eleição de três dos seus militantes (João Nabais, Márcio Silva e Maria José Lopes) para cargos efectivos e outros três para cargos suplentes (Maria Inácia Freire, José Guiomar Silva e Zaida Roques) daquele órgão federativo. Além do cargo por inerência do nosso camarada Flávio Roques.

Inauguração da Sede de Campanha de Manuel Alegre em Évora

Na sua intervenção, Manuel Alegre criticou o Presidente da República por «uma certa falta de comparência» neste tempo de crise, considerando que este tem andado por muitos sítios, «menos onde devia estar, que era no centro da crise».
O facto de Cavaco Silva não ter convocado o Conselho de Estado, não ter reunido os partidos quando devia, não ouvir os sindicatos e associações patronais, não ter promovido uma mediação político-social e ter permitido esta «coisa estranha» de serem «os banqueiros a fazer pressão sobre as forças políticas e virem mediar o orçamento», representa para o candidato uma «perversão da nossa democracia e da nossa constituição, que consagra a independência do poder político em relação ao poder económico».
Para Manuel Alegre, esta é uma situação que «requer uma outra visão de Portugal, mais aberta, mais humanista, mais solidária», mas também outra visão das liberdades, «menos preconceituosa em relação às discriminações que afectam as pessoas». E requer também «outra concepção do próprio exercício dos poderes presidenciais», acrescentou.
O candidato lembrou ainda, perante cerca de uma centena de apoiantes que, há cinco anos, esta mesma sede em Évora foi a primeira a ser inaugurada dando o arranque da sua campanha, sendo neste distrito, bem como em Coimbra e Setúbal que obteve os melhores resultados eleitorais.
Manuel Alegre tinha visitado antes o Museu de Évora, cujo espólio principal é constituído por escultura arquitectónica e tumulária dos séculos XIV a XVI proveniente de conventos e edifícios demolidos na cidade durante os dois últimos séculos. «Um museu muito belo, riquíssimo, uma viagem pelo tempo, pela história, pela cultura, a lembrar-nos que uma nação não é só economia, não é só finanças nem é só orçamento. Há muito mais vida, há mais cultura e mais país para além da espuma dos dias», considerou após a visita guiada pelo director do Museu de Évora, António Camões Gouveia.